segunda-feira, 24 de março de 2014

Dinâmica de Conscientização

APRESENTAÇÃO: A Dinâmica de Conscientização, que foi até agora desenvolvida na Pedagogia da Espiritualidade, manteve como seu objetivo final, e mesmo sua razão de ser, a formação, por meios pedagógicos, dos hábitos das oito perfeições espirituais do seu Catálogo Curricular. Não obstante, reconheceu-se a necessidade de reforçar essa 1ª Dinâmica Pedagógica com mais duas outras que receberam as denominações de Dinâmica de Imaginação e Dinâmica de Motivação, ambas também espiritualizantes e pedagógicas. Esse reforço acima pretendido, através da aplicação delas, converge no já citado objetivo final da 1ª Dinâmica, ou seja, a formação dos hábitos do Bem pela repetição suficiente dos atos das oito perfeições curriculares. E por que razão assim podem essas duas últimas dinâmicas formar hábitos morais e espirituais? Resposta: por que também exercem sua força pedagógica-espiritualizante nas almas dos educandos, induzindo-os à prática dos mesmos atos da alçada da 1ª Dinâmica, a de Conscientização. Triplicando a quantidade desses atos pela imaginação deles e pela energia suplementar da motivação. Constituindo assim uma tríplice energia no íntimo dos educandos: de Conscientização, Imaginação e Motivação conjugadas.
E os hábitos do Bem, produto final e tão almejado da Pedagogia da Espiritualidade, resulta fortalecido sobremaneira. E nessa progressiva conjugação sinérgica, os educandos vão cometendo os atos das perfeições espirituais com decrescente esforço moral e espiritual. Porém, obviamente, com crescente facilidade, até integrarem às suas almas esse enriquecimento espiritual dos hábitos espirituais com conseqüente fruição de meritória e proporcional felicidade pessoal.

A UNIVERSALIDADE DO PODER DA IMAGINAÇÃO
Já é bem conhecido o poder da imaginação humana na criatividade das obras de arte, de qualquer arte: artes plásticas (pintura, escultura, arquitetura, desenho, gravura), artes manuais, artes mecânicas, etc. E não há atividade humana que não seja suscetível de criações novas, originais, que partem de alguma imaginação que se concretiza. E jamais esquecendo as artes sonoras, que se ouvem e deliciam o espírito através da audição, como música, declamação, oratória, etc. E nem mesmo as ciências podem-se subtrair à imaginação criadora. Toda intuição científica criadora apresenta um componente imaginário, a hipótese colocada em estado experimental, que resulta em comprovação ou não, dela quando não promana de um acidente casual como na (radiografia,a penicilina, dinamite, a gravidade, etc.). Albert Einstein confessava que a sua Teoria da Relatividade teve o seu início quando ele se imaginara perseguindo um raio de luz através do espaço sideral.
    Até na vida cotidiana, comum e trivial, de todos os dias, a imaginação se faz presente com significativa freqüência.
Pode-se propor, portanto, a aplicação deste admirável atributo da espécie humana na ciência da educação, que é a Pedagogia. Não se aplica a esta ciência outros poderes como a memória, a imitação (dos exemplos), a emulação, o raciocínio, a improvisação, a empatia, a emoção, a introspecção, julgamento, avaliação, simpatia, evocação, ideação, hipóteses, os valores, a inspiração? E, para finalizar, o amor pedagógico? Todos com algum traço componente imaginante.
E como tributo da Pedagogia e da Educação à imaginação, alinhar: a produção de textos abstratos, o jogo, o brinquedo (espírito lúdico) o “faz de conta”, a meditação e, principalmente, a invenção de novos processos e métodos pedagógicos e didáticos. Cujo início se dá na imaginação, para posteriormente, serem testados na Pedagogia Experimental. E sem esquecer as Artes Cênicas no Teatro e no Psicodrama Pedagógicos, totalmente penetrados de imaginação, tanto nos autores dos enredos quanto nos atores que os representam.

IMAGINAÇÃO REPRODUTORA E IMAGINAÇÃO CRIADORA
Os manuais de Psicologia reconhecem duas formas principais de imaginação, às quais aplicam as denominações de imaginação reprodutora e de imaginação criadora. É reprodutora, quando reproduz na lembrança imagens reais já percebidas antes; e é criadora, quando imagina imagens criadas, não derivada de nenhuma percepção real anterior, como no Brasil, o saci, a mula sem cabeça, o curupira, etc.
Neste presente estudo das Dinâmicas Espiritualizantes, postula-se o reconhecimento de uma 3ª nova forma de imaginação, que pode receber o nome de Imaginação Educadora, alinhada junto às duas formas anteriores, a Reprodutora e a Criadora. Essas duas últimas formas também podem se revestir de processos e objetivos educativo-pedagógico. A Reprodutora aninha-se nos quatro processos espiritualizantes da Dinâmica de Conscientização: No 1º Processo, a Meditação de lembrança; no 2º, a Memorização (do Período de Aplicação); no 3º, a Meditação Moral (preparatória do Relato escrito); e no 4º Processo, o Relato Escrito. Todos esses processos enriquecidos pelo efeito pedagógico da memorização.
Esses quatro processos da Dinâmica da Conscientização, como rememorativos que são da percepção de oportunidades e de atos reais do Período Prático, perfilam-se, por isso mesmo, na área de Imaginações Reprodutoras, cujo efeito é educativo, porque concorrem na formação dos hábitos das perfeições espirituais, hábitos esses como os últimos e acalentados produtos da Pedagogia da Espiritualidade, ou sejam, são a própria educação como resultado do mister pedagógico, como produtos da educação como processos.
O conceito de educação apresenta uma dupla face. Tanto significa o processo de educar quanto o resultado desses processo. São assim interfaciais e concomitantes, como o côncavo e o convexo de uma superfície curva. Posto um, surge o outro; posta a causa, temos o efeito; posto  o efeito, presume-se a causa. Ou seja, segundo os escolásticos: “post hoc; ergo, propter hoc” (verdadeiro no caso em questão como exceção.

A BASE NEURAL DA IMAGINAÇÃO
Transcrevem-se em seguida a matéria constante da obra “Introdução à Psicologia” de diversos autores e organizado pelo psicólogo Hilgard (2.002).
Esta transcrição foi aqui colocada para reforçar a tese científica das seguintes quatro notícias (1, 2, 3 e 4) da prática imaginária, embora em situações cotidianas e empíricas.
E também visa preparar o espírito do leitor estudioso para absorver a idéia neste trabalho da possibilidade real de uma novel Imaginação Educadora enquadrada no âmbito da Pedagogia da Espiritualidade.

    / / —

(Transcrições de trechos das págs 35 e 356)

A Base Neural da Imaginação
Talvez a prova mais persuasiva de que a imagem mental, ou imaginação, é igual à percepção seriam as demonstrações de que as duas são mediadas pelas mesmas estruturas cerebrais. Em anos recentes, uma quantidade substancial de evidências desse tipo se acumularam.
Algumas das evidências provêm de estudos de pacientes com danos cerebrais e mostra que qualquer problema que o paciente tenha na percepção visual é tipicamente acompanhado por um problema paralelo na imaginação visual (Farah, Hammond e Levine, 1988). Em exemplo particularmente impressionante é visto em pacientes que sofrem de danos no lobo parietal do hemisfério direito e, como resultado, desenvolvem negligências visual do lado esquerdo do campo visual. Um paciente masculino, por exemplo, pode deixar de barbear o lado esquerdo do rosto. O neurologista italiano Bisiach (Bisiach e Luzzatti, 1978) descobriu que esta negligência visual se estende à imaginação. Ele pediu a pacientes com negligência visual que imaginassem uma praça conhecida em sua Milão nativa, do ponto de vista de quem a observa de pé, na praça, e de frente para a igreja. Os pacientes descreveram a maioria dos objetos à direita, mas poucos à esquerda. Quando solicitados a imaginar a cena do ponto de vista oposto, ou seja, de constas para a igreja e de frente para a praça, os pacientes omitiram os objetos que anteriormente tinham descrito (que desse vez estavam no lado esquerdo da imagem). Portanto, estes pacientes manifestaram o mesmo tipo de negligência de imagem que manifestavam na percepção, o que sugere que as estruturas cerebrais danificadas normalmente mediam a imaginação bem como a percepção.
Alguns estudos recentes utilizaram métodos de escaneamento cerebral para demonstrar que em indivíduos normais as partes do cérebro envolvidas na percepção também estão envolvidas na imaginação. Em um experimento, os participantes realizaram tanto uma tarefa aritmética mental (“Comece pelo 50 e faça uma contagem regressiva de três em três) quanto uma tarefa de imaginação visual (“Visualize uma caminhada pelo bairro onde você mora, dobrando à direita e à esquerda alternadamente, começando na porta de sua casa”). Enquanto cada participante fazia cada tarefa, a quantidade de fluxo sangüíneo nas diversas áreas de seu córtex foi medida. Havia maior fluxo de sangue no córtex visual quando os participantes estavam engajados numa tarefa de imaginação do que quando estavam realizando a tarefa aritmética mental. Além disso, o padrão de fluxo sangüíneo constatado durante a tarefa de imaginação era semelhante àquele normalmente encontrado nas tarefas de percepção (Roland e Friberg, 1985).
A tarefa de imaginação resultou em maior atividade das estruturas cerebrais que estão entre as primeiras regiões do córtex a receber informações visuais.
Assim, a imaginação é como a percepção desde os primeiros estágios de processamento cortical. Além disso, quando as ativações neurais das duas tarefas eram diretamente comparadas, havia mais ativação na tarefa de imaginação do que na de percepção, presumivelmente refletindo o fato de que a tarefa de imaginação requeria mais “trabalho perceptivo” do que a tarefa de percepção. Esses resultados deixam poucas dúvidas de que a imaginação e a percepção são mediadas pelos mesmos mecanismos neurais. Mais uma vez a pesquisa biológica ofereceu evidências para apoiar uma hipótese que primeiramente foi proposta em termos psicológicos.

Criatividade Visual
Existem inúmeras histórias sobre cientistas e artistas que produzem seu trabalho mais criativo através do pensamento visual (Shepard e Cooper, 1982). Embora não sejam sólidas evidências, estas histórias estão entre os melhores indicadores que temos do poder do pensamento visual. É surpreendente que o pensamento visual pareça ser bastante efetivo em áreas altamente abstratas como a matemática e a física. Albert Einstein, por exemplo, disse que raramente pensava com palavras; ele produzia suas idéias em termos de “imagens mais ou menos claras que podem ser ´voluntariamente´ reproduzidas e combinadas”. Assim, Einstein afirmou que teve sua compreensão inicial da teoria da relatividade quando pensou sobre o que havia “visto” quando imaginou que estava perseguindo um raio de luz e alcançando sua velocidade.

Talvez o exemplo mais conhecido de pensamento visual tenha ocorrido no campo da química. Friedrich Kekule von Stradonitz estava tentando determinar a estrutura molecular do benzeno (que resultou possuir uma estrutura anelar). Certa noite ele sonhou que uma figura contorcida, semelhante a uma serpente, de repente se fechava formando um círculo, mordendo sua própria cauda. A estrutura da ser.

DINÂMICA DA IMAGINAÇÃO
TIPO (A)
POSITIVA E AQUISITIVA
(JUSTIFICABILIDADE, EFICÁCIA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA, OBJETIVO E PROCESSO)

  1. JUSTIFICABILIDADE. Esta dinâmica da prática da Pedagogia da Espiritualidade é, naturalmente, auto-explicável. Dinâmica, porque envolve energia e movimento da mente do educando no processo de imaginar, ou melhor, de imaginar-se (na forma gramatical pronominal de imaginar-se, a si próprio) numa situação irreal, mas virtual de circunstâncias. O que exige do educando redigir um texto imaginário na 1ª pessoa do singular: EU, que é, ao mesmo tempo, o personagem do texto e o seu autor, ou redator. Esta duplicidade (personagem e autor) cria a figura subjetiva do chamado devaneio. Sendo virtual, indica que o episódio imaginado não é de efeito atual, mas suscetível de realizar-se, porque contém todas as condições necessárias e essenciais para realizar-se. Daí  a exigência de que o episódio imaginado revista-se do requisito da verossimilhança (caráter de verossímil, e não do inacreditável, fantástico, que só existe na fantasia, sem possibilidade de se tornar real, enfim, de realizar-se).
  2. EFICÁCIA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA. Essa eficácia tanto se pode depreender da prática educativa quanto do embasamento neurológico-científico, revelado1 pela aplicação de ressonância magnética. Foi demonstrado que atos apenas imaginados ativam as mesmas áreas motoras do cérebro quando ativadas por atos reais da mesma natureza. Por exemplo, imaginar-se jogando tênis e jogar realmente tênis produzem efeitos semelhantes no cérebro, captados e assinalados pela ressonância magnética.
Pode-se daí inferir que na formação progressiva de um hábito, que se forma pelo efeito cumulativo de uma suficiente série de atos iguais, também podem concorrer os atos apenas imaginados da mesma natureza dos atos reais.
  1. OBJETIVO: A Pedagogia da Espiritualidade mantém como objetivo fundamental a formação didático-pedagógica de hábitos morais de valores espirituais como os da indulgência, da justiça, honestidade, lealdade, etc. E nessa formação, também poderão concorrer os atos imaginados. O que credencia a introdução desta Dinâmica da Imaginação no rol dos fatores que formam os hábitos morais, meta principal desta Pedagogia da Espiritualidade.
  2. PROCESSO: Trata-se de induzir2 os educandos a redigirem um texto no qual se imaginam envolvidos num episódio com começo, meio e fim, cujas circunstâncias e urdidura o enredam numa situação que exige a opção pela perfeição espiritual ou pela imperfeição oposta. O mesmo com as derivadas, positivas ou negativas. Para isso, o educando é orientado para produzir um texto imaginário em que se vê diante dessa situação (por ele mesmo tecida) para provoca-lo a optar pela perfeição, rejeitando a imperfeição oposta a ela. Mas dentro do verossímil, para se aproximar o mais possível de um ato real. E assim com eficácia para contribuir na formação do hábito, digamos, por exemplo, da honestidade, da veracidade, da lealdade, etc.




1Matéria publicada na revista “ÉPOCA”, de 25.09.06, noticiando pesquisa na Inglaterra pelos neurocientistas da Universidade de Cambridge.
2Induzir (neste trabalho) significa usar de meios indiretos de persuasão, partindo do distante para o próximo, ou seja, das bordas do objeto para o seu centro.




Esse processo é a espinha dorsal desta Dinâmica da Imaginação. Tipo A – Aquisitiva. Mas é também envolvido em articulações laterais que dão vivo colorido a ele. Como é o julgamento dos textos de cada um por algum colega, ativando debates no contraditório. Tudo isso concorrendo para a formação de uma ambiência ou “atmosfera” toda centrada na perfeição em desenvolvimento; digamos uma “atmosfera” de lealdade “respirada”, “absorvida”; enfim, incorporada à intimidade dos educandos. Outra articulação lateral é a avaliação pelo educador dos textos imaginários produzidos pelos educandos, com possíveis contestações debatidas pelo grupo.

PRIMEIRO ROTEIRO – GUIA DE TAREFAS DA DINÂMICA DE IMAGINAÇÃO AQUISITIVA – TIPO (A)

QUADRO PARA MOTIVAÇÃO INICIAL – ABERTURA


TAREFAS           EXECUTANTES      ENCARGOS TEMPO
                                         (min.)


            1ª         Educador        — Estudo a domicílio da       X
            Tarefa             Dinâmica Espiritualizante da
                        Imaginação em geral.

            2ª         Educador        — Estudo a domicílio dos     X
            Tarefa             fundamentos teóricos da
                        Dinâmica de Imaginação
                        Tipo A (Aquisitiva).

            3ª         Educador e     — Duas perguntas de motivação       2
            Tarefa  Educandos      aos educandos1

            4ª         Educador        — Explicar a relação íntima entre      1
            Tarefa             atos e hábitos2 1

            5ª         Educador        — Esclarecer a função pedagógica    1
            Tarefa             dos atos imaginários3

            6ª         Educador        — Informar sobre as experiências     2
            Tarefa             com atos imaginários4

Total deste roteiro      06

                                   Min.

DETALHAMENTO DO QUADRO ACIMA
1Perguntar como se forma um mau hábito (vício), como o de fumar? Como se poderia formar um bom hábito (de perdoar, por exemplo)?
    Os educandos respondem como puderem, como eles acham que podem adquirir um vício qualquer, ou uma perfeição espiritual.
2Atos são os meios; hábito é o fim desses meios (objetivo): o efeito cumulativo de muitos atos da mesma natureza.
3Os atos imaginários também concorrem junto com os atos reais para a formação dos hábitos.
4Uma experiência científica realizada na Universidade de Cambridge (Ingl.) demonstrou, por ressonância magnética, que os atos apenas imaginados produzem no cérebro o mesmo efeito visível dos atos reais, da mesma natureza dos imaginados (vide retro “Notícia de Prática Imaginária nº 1”).
A outra experiência não-científica, mas muito prática, foi feita pelo treinador da seleção nacional de vôlei, Bernardinho (vide retro “Notícia de prática Imaginária nº 2”).
O sinal X indica que a tarefa considerada, em princípio, não consome tempo da Sessão de Trabalho Semanal.

SEGUNDO ROTEIRO – GUIA DE TAREFAS DA DINÂMICA DE IMAGINAÇÃO AQUISITIVA – TIPO (A)

QUADRO PARA A MEDITAÇÃO MORAL DE INTENÇÕES
(PREPARATÓRIA)5

TAREFAS           EXECUTANTES      ENCARGOS TEMPO
                                         (min.)

      7ª         Educador        — Esclarecimentos sobre a    2
      Tarefa             Meditação Moral de Intenções6:
                             O modelo, objetivo, duração
                             (da leitura), procedimentos
                             do educando.

      8ª         Educador        — Distribuição das cópias do            X
      Tarefa             modelo da Meditação Moral,
                             Uma para cada educando.

      9ª         Educandos      — Leitura consciente, meditada,       3
      Tarefa             do texto da Meditação7, que
                             É anônima (senha).

      10ª       Educador        — Recolhimento das cópias da         X
      Tarefa             Meditação8

                             Total deste roteiro      8
                                         Min.


DETALHAMENTO DO QUADRO ACIMA
(para uso do educador)

    5Esta Meditação tem como objetivo a auto-preparação moral do educando para bem seguir o procedimento mental que lhe foi recomendado pelo educador, quando estiver redigindo, logo após o exercício de imaginação (devaneio)1. Vide esse procedimento no seguinte Terceiro-Roteiro-Guia.
    6O modelo desta Meditação Moral de Intenções encontra-se mais adiante.
    7Esta Meditação Moral de Intenções do educando tem como objetivo a autopreparação dele, fixando suas intenções para o próximo passo: o exercício final de Imaginação pelo Devaneio. E para bem seguir o procedimento mental que lhe foi recomendado pelo educador.
Este procedimento está exposto no seguinte Terceiro Roteiro-Guia de Tarefas.
Consciente: saber o que está lendo e pensando. Meditada: se deve, ou não; se pode, ou não, imaginar um ato e sentir como se o estivesse praticando na realidade1.
    8Para avaliação. Verificar nome, indicação da perfeição derivada escolhida, idade, série escolar e senha.




1Lembra como Bernardinho, treinador de vôlei da seleção nacional, venceu uma partida internacional, levando seus jogadores a, antes do jogo, imaginarem que estavam praticando lances corretos (vide).






TERCEIRO ROTEIRO – GUIA DE TAREFAS DA DINÂMICA DE IMAGINAÇÃO AQUISITIVA – TIPO (A)

QUADRO DE CULMINÂNCIA8 NO DEVANEIO PEDAGÓGICO9
(EXECUÇÃO FINAL)

TAREFAS           EXECUTANTES      ENCARGOS TEMPO
                                         (min.)

            11ª       Educador        — Explicação do que seja o Devaneio          3
            Tarefa             Pedagógico, procedimento do educando,
objetivos e duração10.

12ª       Educador        — Referência a um possível exemplo           3
            Tarefa             de Devaneio e seus detalhes, anonimato
                                   (senha).

            13ª       Educador        — Distribuição de cópias de um       X
            Tarefa             possível exemplo de
                        Devaneio Pedagógico11.

            14ª       Educandos      — Uma visão rápida da cópia do      2
            Tarefa             exemplo possível de
                                   devaneio Pedagógico12.

            15ª       Educador        — Recolhimento imediato das cópias           X
            Tarefa             do devaneio13.

            16ª       Educandos      — Execução do devaneio (redação   18
            Tarefa             de texto imaginário de prática
                                   de ato da perfeição que
                                   esteja em desenvolvimento14.
                                   — Vivências das boas conseqüências
                                   morais sociais, psicológicas,
                                   religiosas, e domésticas, etc.

            17ª       Educador        — Avaliação dos textos imaginários X
            Tarefa             de prática de atos da perfeição
                                   em desenvolvimento15, produzidos
                                   pelos educandos
                                   (pelo educador, a domicílio).

Total do 3º roteiro    26
Total dos 3 roteiros   37

DETALHAMENTO DO QUADRO ACIMA
8Efetiva-se neste último Quadro, o momento culminante de todo um exercício integral da Dinâmica Pedagógico-Espiritual de Imaginação, indicado na 4ª tarefa, ou seja, a redação pelos educandos do Texto imaginário de cometimento virtual de um ato espiritual, da perfeição em foco.
9Devaneio Pedagógico (também chamado de sonho acordado, ou sonho diurno), no qual, o agente em estado de vigília (acordado) imagina um enredo virtual (de circunstâncias fictícias), no qual ele mesmo se coloca, ao mesmo tempo, como autor do enredo e como protagonista (personagem principal).
É qualificado como pedagógico, porque também concorre na educação propriamente dita, a educação das almas, produzindo o enriquecimento delas de perfeições espirituais, integrando a Pedagogia da Espiritualidade.
10forçar o processo de formação do hábito da perfeição em desenvolvimento pela ação dos atos reais, concretos, praticados no Período de Aplicação Prática.
— Duração: 26 minutos.
11Em papel padronizado, pautado, contendo uma simples idéia de redação de texto imaginário, com tempo limitado para compulsá-lo (uma visão global). A padronização facilita a redação pelos educandos e a avaliação pelo educador e ainda para arquivamento dos textos para estudos posteriores. (vide retro “Apenas uma simples idéia” de Devaneio Pedagógico).
12Uma visão panorâmica da idéia que o educando tem em mão. O tempo dessa visão não deve ultrapassar 2 minutos9. É mais para “ver” do que para ler. O objetivo é fornecer uma deixa, uma idéia inicial facilitando ao educando desenvolver a criação do imaginário. Mas sem permitir o decalque que abafa o poder criador. Isso em razão da extensa e absoluta originalidade desta Dinâmica.
14A execução pelo educando do ato imaginário é o “momentum”1 desta Dinâmica.
A redação do texto virtual2 deve empregar a 1ª pessoa do singular (eu) e o tempo do presente durativo (continuado), como o momento em que esteja “praticando” (imaginando o ato). Exemplos desse presente durativo;
. “Eu estou perdoando” — “Eu estou sendo humilde”.
. “Eu estou cometendo um ato de justiça”.
. “Eu estou sendo leal”. — “Eu estou sendo honesto”.
. Etc.
Vide retro no Vocabulário outros exemplos do presente durativo.
— Esta execução do devaneio culmina na vivência dos educandos das boas conseqüências da prática (ainda que virtual, imaginária) de atos das perfeições espirituais.
Se assim não for firmemente pensado (imaginado), sentindo-se, o educando, como autor do ato, como real, apesar de ser apenas imaginado, a Dinâmica Pedagógico-Espiritual da Imaginação, fica debilitada. Perde toda a sua força de concorrer com os atos reais na formação do hábito da perfeição em foco.
Esses tempos verbais de presentes durativos têm a função e força justamente para o educando vivenciar o ato imaginado como real. E é assim que ele vale: sendo útil na formação do hábito. Sem esse vivência, pelo menos inicial, ainda que fraca, mas para ir se desenvolvendo com as vivências posteriores, empobrece esta Dinâmica.
— 15Esta crítica é redigida, no intervalo entre duas Sessões de Trabalho geralmente no domicílio do educador. Para ser transmitida aos educandos na Sessão de Trabalho seguinte logo na abertura.
E tem por finalidade prevenir os erros e impropriedades, para que não se comuniquem à Dinâmica de Imaginação posterior.

MODELO DE TEOR1
PARA MEDITAÇÃO MORAL DE INTENÇÕES
(PREPARATÓRIA DO DEVANEIO FINAL)2

— Aqui estou eu3;
...........................................................4.
— Neste momento, empenhando livremente a minha vontade e decisivo querer para, logo após, passar a redigir um texto, no qual vou me imaginar praticando um ato da perfeição espiritual derivada da ...........................................5.
...........................................................6.
— No momento em que estarei contando, por escrito, a “prática” do ato imaginado, farei tudo para sentir, dentro de mim que estarei mesmo cometendo, na verdade, um ato real, para valer7.
— Para isso, empregarei o tempo verbal do Presente Durativo que já aprendi com o meu educador. Assim farei e mantenho esse propósito. O meu educador pode confiar em mim8.
— NÃO FALHAREI!


DETALHAMENTO DO MODELO DE TEOR
(para uso do educador)

1Justifica-se neste documento o título de modelo, porque toma a forma e a feição de padrão, para ser seguido, embora possa suportar algumas adaptações ao critério de cada educador. Mas mantém-se estável o seu objetivo e o seu sentido de relativo compromisso dos educandos.
2Esta Meditação de teor moral é uma auto-preparação do educando para seguir o procedimento correto que lhe foi proposto pelo educador. Caracterizando a aceitação de uma responsabilidade pessoal.
3Note-se já o uso da 1ª pessoa do singular (eu) e do tempo verbal do Presente Durativo (“aqui estou”), “comprometendo a minha vontade” na execução de devaneio.
4Nesta lacuna, o educando deverá registrar o seu nome, idade e série escolar para fins de avaliação.
5O educador deve apresentar aos educandos no Catálogo das Perfeições Espirituais as perfeições derivadas da perfeição em desenvolvimento para que eles façam suas opções.
6Esta linha destina-se à indicação da opção do educando por uma das perfeições espirituais derivadas da perfeição fundamental que esteja em desenvolvimento. Por exemplo, se a fundamental em tela for a indulgência, o educando escolhe para imaginar a prática de um ato de perdão, ou de brandura, ou de tolerância, por serem essas as três perfeições derivadas da fundamental indulgência. Ato esse que deve ser imaginado no vivo sentimento íntimo, como se fosse real para que possa produzir o efeito de reforço na formação do hábito da indulgência.
7Sentimento esse imprescindível para o sucesso da Dinâmica da Imaginação.
8Um dever de lealdade discente.

— / / —

CATÁLOGO I
DAS BOAS CONSEQÜÊNCIAS
DOS ATOS DAS PERFEIÇÕES ESPIRITUAIS
SENTIMENTOS, VIVÊNCIAS
1.                          CONSEQÜÊNCIAS MORAIS: Alegria – Auto-estima – Confiança em si mesmo – Otimismo – Responsabilidade – Bem-estar moral – Contentamento – Vitorioso – Felicidade – Serenidade – Enriquecimento espiritual – Valorização própria – Valimento – Dignidade – Brio – Satisfação – Gozo espiritual – Deleite – Conforto moral – Abençoado – Enlevo – Ânimo – Euforia – Estar bem com a vida – Honrado – Virtuoso – Consciência tranqüila.

CONCEITOS NA SOCIEDADE
2.                          CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS: Prestígio social – Amizades – Bem-visto – Benfeitor – Benquisto – Influência – Valimento – Importância – Autoridade – Ascendência – Superioridade – Crédito social – Atração – Simpatia – Popularidade – Serventia – Boa fama – Notório – Reputação – Renome – Conceito social – Estima – Aprovação – Respeitabilidade – Nobreza – Notabilidade – Valor cívico – Benemerência – Exemplo vivo – Projeção – Meritório – Acreditado – Conceituado – Brioso – Venerável – Grandeza – Cavalheiro – Hombridade – Humildade – Infunde respeito.

CONCEITOS NA FAMÍLIA
(todas as anteriores e mais):
Bom filho – Bom irmão – Prestância – Serventia – Prestimoso – Prestativo – Fraterno.

CONCEITO NA ESCOLA
(todas as anteriores e mais):
Com aluno – Estudioso – Caprichoso – Bom colega – Disciplinado – Amar à escola – Prestigia a escola.

CONCEITOS DOS AMIGOS
(todas as anteriores e mais):
Bom amigo – Leal – Companheiro – Sincero – Boa Praça.

NA PROFISSÃO
Ótimo conceito – Bom colega – Competente – Prestígio profissional – Sucesso na carreira – Promoção funcional – Promoção salarial – Recompensas.

SUCESSOS ECONÔMICOS
Bom nível social e econômico – Bom emprego ou posição empresarial – Prosperidade – Casa própria – Veículo – Plano de saúde.



DINÂMICA DE IMAGINAÇÃO – TIPO (B)
NEGATIVA1 E PREVENTIVA
(ordenada ao combate às imperfeições)

  1. JUSTIFICABILIDADE. Verifica-se que a Primeira Dinâmica de Imaginação, tipo (A) não esgota todas as possibilidades pedagógicas da faculdade premana da imaginação. Como também não atende a todas as necessidades imperiosas do cruciante momento pelo qual atravessa a humanidade. Aquela dinâmica, já exposta, aplica um tratamento educativo às perfeições, isto é, prima por desenvolve-las. Daí sua função AQUISITIVA da caridade, indulgência, esperança, humildade, justiça etc. Enfim, focalizando todo o conteúdo do Catálogo Curricular da Pedagogia da Espiritualidade. E mobilizando apreciável, massa de manobra pedagógica no impulso positivo de espiritualização dos educandos.



1Negativa, apenas por ter sentido (direção) diferente da Imaginação Aquisitiva e Positiva. Todavia, de modo algum se opõe a ela. Pelo contrário, a complementa.
Compare-se com a Educação Negativa de Rousseau que se positiva no resultado final. É negativa apenas, porque não interfere diretamente no educando, preservando o processo natural de maturação e crescimento dele.




Todavia, impõe-se também a contrapartida de preservar, imunizando os educandos da contaminação deles pelas imperfeições materializantes. Grandes contingentes da população estão cada vez mais em situação de risco social~expostos que ficam à virulência de todas as patologias e endemias sociais, cada vez mais insidiosas e triunfantes: a criminalidade ostensiva, em incontida expansão e impune, o tráfico de drogas leves e pesadas, o alcoolismo e o tabagismo, oculto exagerado e quase dogmático do corpo físico, quase culminando em veneração mística e carismática, aureolado de espúrio e falso valor decisivo, social e profissional. E ainda, o rebaixamento dos verdadeiros valores morais, sociais e espirituais ao desamparo de qualquer valorização.
Toda essa negatividade de inversão violenta de valores conduz ao imperativo de emparelhar com a Dinâmica de Imaginação Aquisitiva (tipo A) uma outra, que recebe o nome de Dinâmica de Imaginação Preventiva (tipo B). Para enfrentarem juntas essa grave distonia social generalizada, cujas vítimas preferenciais são as crianças, adolescentes e jovens. Constituindo essa junção uma blindagem (proteção) dos educandos contra o consumismo e o hedanismo (o prazer material-sensível a qualquer preço, condensado no “carpe diem”1).


 1“carpe diem” = Aproveita o dia presente (...). Apressa-te em gozar o dia presente, sem contar com o dia de amanhã. “É um conselho imoral fácil que o poeta epicurista (Horácio) dá a um amigo”. (Extraído do livro “Frases e curiosidades latinas – de Arthur Rezende).


Para esse fim, a Pedagogia da Espiritualidade opõe a sua Dinâmica de Imaginação Preventiva às imperfeições do seu Catálogo Curricular. Do que resulta o ataque frontal ao egoísmo que barra a caridade; ao desespero que isola a esperança; a inclemência que varre a indulgência; ao orgulho que invalida a humildade; à injustiça que se sobrepõe à justiça, à improbidade que desacredita a honestidade; à mendacidade que desmente a honestidade; e à deslealdade que remove a lealdade.
Aí estão contados (denunciados) oito trágicos e nefastos cavaleiros do Apocalipse Social, e alvos preferenciais dos ataques desta segunda Dinâmica, a de Imaginação Preventiva (tipo B).
    OS OBJETOS DAS DUAS DINÂMICAS. Assim como a Dinâmica de Imaginação Aquisitiva tipo (A) tem por objeto as oito perfeições espirituais do Catálogo, para a promoção pedagógica delas mesmas (acima já citadas), a nova Dinâmica de Imaginação Preventiva tipo (B) tem por objeto as oito imperfeições também citadas e opostas frontalmente àquelas perfeições.
Do que resultam os pares litigantes em processo pedagógico litigioso (de oposição):

QUADRO COMPARATIVO DAS DUAS DINÂMICAS

      )A)                  (B)
DE IMAGINAÇÃO                   DE IMAGINAÇÃO
AQUISITIVA                 PREVENTIVA

      PROMOÇÃO DA                 COMBATE AO

      CARIDADE  X         EGOÍSMO
      INDULGÊNCIA       X         INCLEMÊNCIA
      ESPERANÇA           X         DESESPERANÇA
      HUMILDADE          X         ORGULHO
      JUSTIÇA       X         INJUSTIÇA
      HONESTIDADE      X         IMPROBIDADE
      VERACIDADE        X         MENDACIDADE
      LEALDADE  X         DESLEALDADE

    A COMPLEMENTARIDADE DAS DUAS DINÂMICAS DE IMAGINAÇÃO.
    A aquisição de valores espirituais  (Dinâmica A) e a rejeição dos contra-valores (Dinâmica B) se completam na promoção pedagógica da evolução anímica dos educandos. Essa complementação é comparável à unidade côncavo-convexa de uma superfície curva. Como conseqüência, verifica-se uma permanente interação entre as duas dinâmicas, através de suas funções fundamentais aquisição (da dinâmica A) com a prevenção (da dinâmica B). Quando o educando está em processo de desenvolver uma determinada perfeição, ao mesmo tempo, está facilitando a rejeição da imperfeição oposta. E vice-versa, quando o educando está em processo de rejeição de uma imperfeição, estará também auxiliando o crescimento da perfeição oposta. Não se consegue desenvolver uma perfeição sem abalar a resistência da imperfeição oposta. E, ao contrário, não se consegue reduzir uma imperfeição sem propiciar o desdobramento da perfeição oposta àquela imperfeição.
    Como conseqüência, as duas dinâmicas educativas devem ser aplicadas juntas1 para obtenção do efeito sinérgico, aquele “plus” (adicional). E em seqüência imediata, uma da outra, na mesma Sessão de Trabalho Semanal, como consta no esquema do ciclo de Desenvolvimento Espiritual (vide).
    Acresce ainda que eliminar uma imperfeição equivale a adquirir a perfeição oposta, de conformidade com (CI – 1ª-V, 3, § 3). Vide demonstração algébrica dessa afirmação na obra “Filosofia Espírita da Educação” – 1º vol. Pág. 187.

QUADRO COMPARATIVO

1. É produzido pelo    1. É produzido pelo
inconsciente, como autor.      Consciente (como autor).

2. O enredo é comandado      2. O enredo é comandado
pelo inconsciente        pelo consciente (autor).

3. Há um sujeito,        3. Há dois sujeitos3:
o autor do enredo, mas          o autor do enredo
inconsciente e um       (ativo) e o personagem
ou mais personagens   (passivo)4.
Como objeto.

4. O sujeito passivo    4. O sujeito está em
está em estado            estado de vigília
de sono.          (acordado).

5. Este sonho às vezes,           5. Atende sempre a um
contraria o desejo       desejo do sujeito.
Do autor.

6. Acontece à revelia  6. Acontece pela vontade
da vontade.     Do sujeito – autor.

7. Pode ser utilizado   7. Pode ser provocado
para fins terapêuticos para fins
(Psicanálise).   Pedagógicos.



1É o sonho normal, comum, geralmente noturno, e se desenvolve à revelia do sujeito.

2É o sonho vigil; 3numa só pessoa; 4Passivo em relação ao autor.


  1. O FATO
(A prática de um ato ingrato)
    Estou no pátio da escola junto com três colegas e somos informados por um quarto que o nosso colega Artur foi apanhado furtando o caixa da Cantina. E está agora se explicando no gabinete do Diretor.
    — Os três colegas do grupo são unânimes em condenar o Artur e o fazem com ácido repúdio ao que ele teria feito.
    — Eu apenas ouço e me recordo que o Artur é um excelente colega e já me auxiliou várias vezes com os exercícios de Matemática. E tomei consciência que lhe devia um grande favor.
    — Senti o dilema moral de acusa-lo ou defende-lo. Mas optei, acompanhando meus companheiros em acusa-lo, desprezando o dever de gratidão.
    Terminada as aulas, fui para casa e lá na tranqüilidade do ambiente passei a julgar num procedimento.


  1. AS MÁS CONSEQÜÊNCIAS
    Cheguei à conclusão de que pratiquei infame ingratidão para com o meu amigo.
. Estou me sentindo desprezado de mim mesmo;
. Sinto minha alma manchada com uma nodoa escura;]. Meu colega por mim traído irá me avaliar como um ser desprezível;
. Como irei me comportar se com ele encontrar.
. E meus colegas que assistiram a minha carga contra meu benfeitor não enxevalhar o meu nassir.
. Se meus familiares vierem a saber vão ter vergonha de mim.


  1. DECISÃO E COMPROMISSO
    Tomo a decisão e o compromisso moral de jamais perpetrar tamanha vilania;
    Para isso, estarei bastante vigilante ante as insinuações de prática de ingratidões contra meus pais, professores, amigos e todas as pessoas que me favoreceram de qualquer maneira, me ajudaram, perdoando, tolerando; me prestigiando, instruindo, educando, consolando, tratando, aconselhando, etc.


  1. A REPARAÇÃO DA INGRATIDÃO
    Também decido a separar o mel que pratiquei, procurando o meu amigo, e pedindo-lhe com humildade o seu perdão pelo meu ato de ingratidão contra ele.
    Mas esse arrependimento e separação só será completo se for penitenciar-me junto àqueles colegas na presença das quais consiste a minha ingratidão.


  1. A CONQUISTA DA GRATIDÃO
    Por derradeiro, nesta rota árdua de ascensão espiritual, impõe-se o desenvolvimento da perfeição da gratidão (derivada da Justiça) como triunfo definitivo, sem retrocesso, ou recaídas na ingratidão, qual pujante antídoto contra ela.
    O que é conseguido pelas vivências muito vivas e ardentes de parte dos educandos, na execução desta Dinâmica de Imaginação Preventiva (tipo B). Do que resultam o repúdio vigorasse da ingratidão e das vivências, próximas da realidade, das dolorosas conseqüências morais e sociais da ingratidão.

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