segunda-feira, 25 de abril de 2016

TEXTO SEGUINTE

a)                  No Ensino Fundamental
No 1º Ciclo (um só mestre). É efetivada a alfabetização da criança a partir dos 6/7 anos, a par de sua socialização.
Fatores de motivação para a aprendizagem:

         A alegria das crianças, quando passam a compor com letras (símbolos) as primeiras palavras. O mistério inefável dos signos representando as coisas e, de certo modo, as palavras até substituindo as coisas na linguagem.


         A satisfação na expressão escrita do pensamento da criança; o surto misterioso dos significados e significantes1.



1Claro, sem nenhuma noção ou conceito. Apenas a angústia sadia do não-entender.




         O enigma da linguagem falada, do pensamento “que se faz ouvir”; e a escrita como o pensamento “que se vê”.


         A convivência alegre com outras crianças na alacridade dos recreios.

            No 2º Ciclo (vários mestres). Introdução nas áreas das ciências, artes, literatura história e geografia.

         A satisfação do educando na descoberta das leis da natureza e dos seus fenômenos.


         O passado do homem e das nações.


         A compreensão de um tema tão momentoso como o da ecologia e do aquecimento do planeta não seria possível sem a geografia.

Todos esses são pontos de interesse que bem empregados pelo educador, que realmente eduque, não poderia deixar de motivar os alunos em seus estudos.
b)                 No Ensino Médio
—        Mas é nas três séries do Ensino Médio que as matérias de cunho científico são aprofundadas: (matemática, física, química, biologia). E requerem espírito de exatidão, dedução, comparação e observação da natureza e de seus fenômenos.
—        Também são estudos preparatórios ao vestibular à universidade e cursos superiores.
—        VOCAÇÃO. Nesta altura do desenvolvimento físico e mental do educando, em média 17 anos, desponta a questão da vocação a ser decidida já no exame vestibular que estará próximo.
A opção decorrentes terá de ser predominantemente racional, rejeitados os interesses mais imediatos, impulsivos e efêmeros. E também os emocionais de impressões de alguma celebridade do mundo artístico ou esportivo, tão momentosamente atrativos mas fugazes.
c)         O VESTIBULAR. Já na 3ª série do Ensino Médio, a preparação para o vestibular universitário predomina. Esse estudo é árduo, principalmente para os que pretendem ingressar nas universidades públicas, onde estarão isentos das mensalidades. Neste ponto, a dedicação e os sacrifícios são dramáticos. O esforço pessoal árduo atinge o clímax. A maioria dos vestibulandos não consegue aprovação. A desilusão, frustração e desconsolo são amargos para os que não se preparam eficientemente, e não souberam sobrepor o dever de estudar aos prazeres mundanos.
Dedicação preferencial e irrevogável do tempo disponível aos estudos, na solidão e no silêncio propiciadores da assimilação do que é estudado com os necessários aprofundamentos impõe-se. Afastados os divertimentos e prazeres; e tanto quanto possível, desviar o assédio ou conversas inócuas, estéreis e longas com amigos, colegas ou namoradas(os).
Na opção dramática do vestibulando entre o dever e os prazeres, deve inclinar-se decisivamente para o dever do estudo sem vacilações. Os prazeres estão com toda a certeza, sem dúvida, aguardando no futuro certo e chegada dos benefícios assegurados pela dedicação e sacrifícios do passado próximo transcorrido no estudo fecundo. E que é o preço que todos pagam pelo sucesso e pela felicidade futura. Deveres e sacrifícios esses iluminados pela perseverança e paciência floridas pelas galas do invencível otimismo para o vestibular que se avizinha.
— A APROVAÇÃO. Aos 18/20, o triunfo é o resultado certo e feliz, tão esperado com confiança pelos que realmente se preparam com denodo e afinco. É a recompensa certa, merecida e segura do esforço dispendido e quase ascético dos vestibulandos. Esse sucesso também representa o vestíbulo de acesso não só aos cursos superiores, mas principalmente, por intermédio deles, aos status superiores de vida social, profissional, e cultural, e até espiritual da então merecida felicidade.
d)     NO CURSO SUPERIOR (aos 20/24 anos). Após o merecido descanso no interregno entre aprovação no vestibular e as lides acadêmicas, é reiniciada nova e culminante etapa, a da formação profissional a nível superior (de 4 a 6 anos de duração).
Já não é mais visado um exame de admissão, mas uma total, complexa e longa formação profissional, de capacitação para o exercício muito responsável de uma profissão superior, fiscalizada pelas respectivas associações de classe. Podendo até para esse exercício ser exigido o chamado exame de capacitação estritamente profissional (exame de ordem, ou estágios, por exemplo).
—        A FORMATURA. O curso superior tem a sua conclusão assinalada por uma grande e meritória comemoração coroando todos os penosos esforços tão produtivos pela acendrada dedicação, realizada toda a esperança, cultuada por cerca de 24 anos em todas as suas três formas derivadas: a perseverança recompensada, a paciência laureada e o otimismo coroado de louros.

2.5.2. FUNÇÃO DISCIPLINA
Avulta aqui, com relevância imperiosa, o exercício da disciplina pessoal. Sem ela, invalida-se o objetivo da Preparação, que é a razão de ser deste 2º Estágio (Escolar e Aquisitivo).
O valor formativo da discip0lina se destaca principalmente na liberdade de opção entre valores situados em níveis diferentes na hierarquia axiológica1, inclinando o optante para os valores mais altos da escala.


1Essa hierarquia assim dispõe esses valores: 1º valores espirituais – 2º valores éticos – 3º valores estéticos – 4º valores intelectuais (lógicos) – 5º valores vitais – 6º valores úteis – 7º valores sensíveis (sensuais).

Assim, nas opções entre os prazeres (valor sensível) classificados em 7º e último lugar e o dever de estudar no caso (valor ético) classificado em 2º lugar, seria altamente nocivo para o futuro do educando optar pelo prazer em regra efêmero e desconstrutivo de um futuro edificante e feliz.
E também pela disciplina que o educando estabelece, seus horários de estudo, para segui-los religiosamente. É também a obediência às regras que o educando impõe e aceita intimamente para si mesmo, como perseverança, paciência e otimismo. Não esquecendo a ordem didática dos estudos, que também é disciplina.

2.5.3. FUNÇÃO ESFORÇO
A energia mental e moral posta a serviço do estudo chamada esforço é conseqüente da disciplina das opções corretas. E destinado pricipuamente a vencer dificuldades de compreensão, de dedução (raciocínio), ou para dominar as resistências íntimas (preguiça, comodismo, distração, impaciência, derrotismo, devaneios e divagações estéreis).
O esforço dispendido é a condição do valor moral de qualquer conquista, empreendimento, objetivo, programa ou ideal almejados. E, aqui no caso, o futuro construtivo e feliz que o educando tanto deseja será merecido se houve o esforço indispensável dele.

2.5.4. Conclusão. Essas duas funções acima expostas (disciplina e esforço), devidamente conjugadas em relação recíproca de causalidade-efeito, são os dois pilares que sustentam a estrutura da Preparação, que é o objetivo deste 2º Estágio (escolar e aquisitivo). E como tais, imprescindíveis ao longo roteiro galhardamente percorrido pelo educando nos três graus da formação humana: o fundamental, o médio e o superior. Através de aulas, pesquisas, tarefas a domicílio, debates, provas, exames, deveres inúmeros, estágios, etc. etc.
E para aqueles que vão prosseguir na carreira acadêmica ainda se acrescentam as pós-graduações de mestrado, doutorado, extensões e especializações.

2.5.5. CONEXÕES desta Preparação com o futuro.
— Por isso, este Estágio também recebe o qualificativo de aquisitivo, porque no decurso de sua extensão média de 20 anos adquire as condições de preparo para usufruir de uma vida social, profissional e cultural sadia, cômoda e assegurada, sem mais riscos e crises.
— Essa preparação deve atender ao requisito da vocação, que contrariada, acarreta muita frustração e angústia profissional para o resto da vida.
— O educando transita pelos três graus de ensino: o fundamental de 8/9 anos letivos, o médio de 3 anos e o superior de 4/6 anos de duração.


1Vantagem ou lucro que não deriva de esforço ou trabalho, sinecura (dic. Houaiss)



2.6. PEDAGOGIA DA ESPIRITUALIDADE (NO 2º ESTÁGIO) ESCOLAR, AQUISITIVO – DURAÇÃO: 18/20 anos de estudos

SÍNTESE:
— 2º Estágio (da formação da “Árvore da Esperança” — estágio da caulescência (formação do caule, do tronco e dos galhos).
— 2º Estágio (da preparação do homem pela disciplina e esforços nos estudos escolares).

2.6.1. CONEXÕES DO OBJETIVO DA PREPARAÇÃO COM ESTA PEDAGOGIA
— Compreendida esta preparação como escolar, desde o dia em que a criança de 6/7 anos é matriculada na 1ª séria do Ensino Fundamental1 até o encerramento de sua formação escolar assinalada na comemoração de formatura em nível superior.
— Esta preparação engloba os três níveis de ensino (fundamental, médio e superior) e, extraordinariamente, as pós-graduações (especialização, extensão, mestrado e doutorado).
a)      CONEXÕES DA 1ª FUNÇÃO, A DISCIPLINA COM ESTA PEDAGOGIA
— Pode-se afirmar com total convicção: sem disciplina, a aplicação da Pedagogia da Espiritualidade torna-se apenas um desperdício de tempo.

         Área doméstica. É a primeira (na ordem do tempo) e a principal área (na ordem da importância). É a mais fértil fonte de oportunidades que ensejam a prática de atos das perfeições no Período de Aplicação Prática (de 7 dias).

Se o lar do educando já se apresenta numa estrutura de disciplina doméstica (obediência, respeito, hierarquia, razão e gratidão), a aplicação dessa pedagogia será suave, confortante, gratificante, melhorando sensivelmente o relacionamento familiar e doméstico.
Por outro lado, se nesse lar a disciplina não se acha instaurada, a Pedagogia da Espiritualidade se propõe e pode instituí-la, embora com dificuldade inicial. Principalmente, e com muita ênfase, na ocasião (2 meses) de aplicação da perfeição da humildade e suas três derivadas (resignação, obediência e modéstia)4  no 2º estágio consecutivo.

         Área Escolar. É outra fonte importantíssima de geração de opimas5 oportunidades de prática de atos reais das perfeições espirituais no Período de Aplicação Prática (7 dias).

Se na escola do educando, a disciplina não é satisfatória, a motivação para atos de disciplina no seu interior inexiste, e será árdua a aplicação dessa pedagogia.


1Não considerada a fase da Educação Infantil, tendo em vista que a maioria das crianças inicia a sua vida escolar na 1ª série do Ensino Fundamental.
2Caridade, indulgência, humildade, esperança, justiça, honestidade, veracidade e lealdade.
3Vide em outro tomo da presente obra.
4Trata-se da aplicação escolar da Pedagogia da Espiritualidade 2 (no Ensino Fundamental).
5Abundantes, copiosas.





         Área Social (geral, urbana). Nesta área tão ampla de convivência social1 tão variada e intensa, a disciplina do educando se revela na observância das regras de urbanidade: trânsito, higiene, preservação dos bens públicos, silêncio noturno, solicitudes eventuais, gentilezas, etc.

Essa área tão ampla aporta (traz, proporciona) ao educando ocasiões para prática de atos de caridade, indulgência, humildade, justiça, etc., e, principalmente de obediência às regras urbanas e de convivência com todos os tios de pessoas.


         No estudo. A disciplina do educando revela-se no estabelecimento e cumprimento do tempo (duração) e do horário para o estudo e execução dos deveres de casa; na ordem didática das tarefas e no método de estudar. Essa disciplinação do estudo condenaria os esforços de última hora antes das provas e o aproveitamento das madrugadas em prejuízo do sono reparador.


         Na Seção de Trabalho Semanal e no Período de Aplicação. A disciplina do educando se manifesta: na Sessão de Trabalho Semanal (na atenção às orientações, na redação do relato, na meditação, na limpeza e apresentação do relato, no cumprimento do horário, no silêncio e na concentração, etc. No Período de Aplicação Prática (na permanência de atenção expectante das oportunidades eventuais de atos, na conscientização das oportunidades, como oportunidades de cometimento de atos da perfeição em pauta.

b)      A “histerese” (a causalidade do passado)
Foi exposto no final do tema “Motivação para o Educando da Espiritualidade” uma tese da física denominada histerese. Pela qual “fenômenos físicos dependem de sua história anterior, do que foi feito no passado”. Pode-se chama-la de causalidade do passado. Aliás é de reconhecimento universal, e até óbvio, que os temos presente e futuro são determinados pelo tempo passado, determinante.
O tema disciplina em desenvolvimento lembra a histerese da física. Explicando: o futuro do educando e o seu presente de culto da disciplina pessoal estão entre si em situação de histerese: o futuro, feliz, ou infeliz, do educando da espiritualidade, depende intimamente da disciplina que tenha mantido no decurso de 22/27 anos dos 1º e 2º estágios (o doméstico e o escolar) do passado. E, principalmente, da disciplina que mantenha na sua aplicação pessoal da Pedagogia da Espiritualidade.
E este ponto deve ser instituído como o fundamento mais eficaz da motivação desse educando, para admirar as perfeições espirituais, querer adquiri-la, e realmente, praticá-la em atos reais correspondentes.
c) CONEXÃO DA 2ª FUNÇÃO, DO ESFORÇO2 COM ESTA PEDAGOGIA
— As forças, ou energias, que determinam o esforço são a obediência (do 1º estágio) e a disciplina3 (do 2º estágio).
— Pode-se conceituar a disciplina como sendo a interiorização4, ou internalização consciente de padrões de conduta particular e social, ditados pela razão e pelo bem, acatamento, respeito e obediência a uma ordem superior de valores morais e/ou espirituais de convivência social harmônica, para o progresso e felicidade coletivos.
É nessa conjugação acima de disciplina e obediência que o esforço é aplicado pelo educando.
d) Resistências (íntimas e externas) ao esforço e a disciplina.
— Contudo, a prática da obediência e da disciplina encontram resistências, e daí o apelo do educando ao seu esforço próprio indispensável. Essas relutâncias podem ser de duas categorias: internas (indolência, lassidão, desânimo, apatia, baixa-estima, abulia1, sono, fadiga, doença, etc. Externas (prazeres, divertimentos, relacionamentos sociais, namoro, passeios, viagens, televisão, internet, esportes, etc.).
— Valor moral do esforço. O educando, bem sucedido neste 2º estágio (de preparação intelectual, cultural e profissional), tem no esforço pessoal dispendido, a variável da medida do valor moral a lhe ser creditado.


1Templos, teatros, estádios, lanchonetes, cinemas, restaurantes, shoppings, livrarias, bibliotecas, festas, clubes, esportes; ônibus, parques, praças, ruas, feiras, etc.
2“Intensificação das forças físicas, intelectuais ou morais, para a realização de algum projeto ou tarefa”.
“Aquilo que se faz com dificuldade, empenho”.
“Intensificação de atividade quando esta se acha, de alguma forma, bloqueada”. (dic. Houaiss).
3“Obediência às regras de cunho interior; firmeza, constância (dic. Houaiss).
4“Ato ou efeito de interiorizar.. Psic. Incorporação inconsciente de padrões, idéias, práticas, etc., de outrem, internalização, introjeção” (idem).
“Interiorizar. Infundir no ânimo de, incutir (interiorizou nos filhos a importância do respeito ao próximo). Psic. Adotar inconscientemente (idéias, práticas, padrões e/ou valores de outra pessoa ou da sociedade) como se fossem próprios; internalizar, introjetar” (idem).
“Interioridade. Caráter ou estado do que é interior, anímico, subjetivo no indivíduo (idem).

2.7 FAIXA INFERIOR – 3º ESTÁGIO – SOCIAL, FRUITIVO
Duração: até o fim da vida

2.7.1. OBJETIVO: REALIZAÇÃO (como estuário de chegada e de convergência tributárias dos 1º e 2º estágios que “deságuam” no grande mar sem fim de toda a vida futura das almas imortais).
É neste estágio que se cumpre o desfrute de toda a obediência e dependência (de 1º estágio) e de todo o esforço e disciplina (do 2º estágio).
— É a etapa culminante e última de formação integral do homem1, como formal, e nesta encarnação, esclareça-se, limitada. Também não significa que este homem, como educando, esteja com sua construção individual e espiritual encerrada. A edificação humana só estará concluída no status eminentíssimo de puro Espírito, com toda a sua riquíssima potencialidade atualizam, isto é, em ato.
REALIZAÇÃO. É o termo que define e incute sentido e objetivo neste 3º Estágio.
Por que realização? O que se realiza? Resposta: o futuro. Fecundado este no 1º Estágio (doméstico e seminal) e gestado no 2º (escolar e aquisitivo), para despontar neste 3º Estágio (social e fruitivo). Futuro este que não é destino (determinismo), mas conseqüência do trabalho do passado (1º e 2º Estágios), desenvolvido pela criança pelo adolescente e pelo jovem, educandos todos mais ou menos conscientes, mais ou menos obscura, ou claramente, mas com muitos lampejos de luz interior.

2.7.2. Conexão deste objetivo de realização com a formação do homem.
O OBJETIVO (a realização propriamente dita, ou seja, a sua objetivação externa e pormenorizada).
a)      Vida social dignificante e intensa, mas não obsessiva e extenuante. Suficientes relacionamentos leais e sinceros e, como tais, valiosos,moral e espiritualmente, segundo, meritório prestígio social.
b)      Ascensão profissional satisfatória. Trabalho interessante e gratificante, satisfeita a vocação, prazeiroso e criador. Quer como empregado, quer como empresário de qualquer grau de importância ou porte.
c)      Nível espiritual, (moral e intelectual cujo desenvolvimento foi iniciado desde o estágio doméstico de “sementes” em processo firme e progressivo de germinação (seminal). Continuado no 2º Estágio, escolar, até a educação superior. Nível espiritual este como sustentáculo e valorização de todas as demais conquistas, sublimando-as.

2.7.3. 1ª Função da formação do ser humano, a ORDEM.
Como um conjunto de valores cultuados (sociais, morais e espirituais). Estruturados desde a dependência complacente e resignado, e a obediência dócil no 1º Estágio; a disciplina consciente e o esforço pessoal, decidido e decisivo do 2º Estágio, confluindo neste último e 3º estágio, no sentido de ordenamento racional das responsabilidades: 1ª a doméstica, 2ª a civil e a social, 3ª a política. Todas gerando a urbanidade, a cidadania, o civismo, emolduradas todas pela garantia dos respectivos direitos e cobrança dos simétricos deveres.

2.7.4. 2ª Função da formação do ser humano: a FRUIÇÃO.
Aqui e agora, como epílogo ou consagração da formação integral do ser humano, o educando desvenda para si a fruição dos resultados de todos os esforços, das canseiras, das dedicações extremadas à construção de si mesmo. Correm, pois as cortinas para desvendar ao educando o seu futuro tão almejado e idealizado, que, agora, se apresenta à sua antevisão com toda a força de motivação possível para os estudos e as inúmeras opções às vezes dramáticas em favor dos deveres. Pontificam ainda a dependência doméstica tão justificada e indispensável naquele tempo e a obediência aos pais pela fragilidade da infância no 1º Estágio. E como fatores da mais alta relevância a disciplina e o esforço escolares por cerca de 18 a 20 anos. Fatores esses agora compreendidos e arrazoados pelo educando na sua legítima razão de ser deles. Atendendo plenamente ao princípio da razão suficiente (LEIBNIZ), segundo o qual “nada existe ou acontece sem que haja uma razão para ser, ou acontecer, assim, e não de outro modo”. Da mesma forma também os dois primeiros estágios, o doméstico e o escolar que se assentam nesse princípio filosófico.


1Estas sendo chamada de formação integral, do homem especificamente neste trabalho, aquela constituição humana pela integração de três dimensões: a cultural, a escolar e a profissional simultâneas. O que não exclui a formação humana menos formal, menos escolar e menos cultural, como no auto-didatismo. E nem exclui qualquer sucessão de vivência totalmente informais, mas construtivas.


Porque têm sua razão de ser no 3º estágio, o da realização pessoal, na fruição de muitos benefícios, sobressaindo-se acima de todos eles, o deleite da felicidade, embora possa estar longe ainda do nível máximo, atributo exclusivo dos puros Espíritos.
Esse desfrute é uma recapitulação do “otium cum dignitate” (descanso com dignidade) dos ilustres patrícios romanos1.
Na vertente da subjetivação, consideram-se o bem-estar geral, o conforto moral e espiritual, a comodidade física, o regalo cultural, o sentimento de segurança física e econômica, a relativa saúde, a felicidade. E, na vertente da objetivação, a harmonia familiar, o prestígio social merecido, as atividades prazeirosas, a comodidade da residência, as amizades sinceras, as viagens, o turismo, a freqüência aos clubes e associações, o aconchego tão terno do lar, a prática dos esportes compatíveis com a idade, a prática tão deleitosa dos “hobbies”
APOSENTADORIA. É o coroamento feliz, dadivoso de uma bem conduzida e estruturada formação humana. É, diga-se assim, a “formatura da formação”. E por ela o usufruto das prerrogativas inerentes à aposentadoria justa e no devido tempo e idade.

2.8. PEDAGOGIA DA ESPIRITUALIDADE (NO 3º ESTÁGIO) — SOCIAL E FRUITIVO — Duração: até o fim da vida.

SÍNTESE
    3º Estágio (da formação da “Árvore da Esperança” — estágio final, pela florescência e frutificação).
    —3º Estágio (da realização do homem e sua objetivação pela ordem e fruição sociais).

2.8.1. CONEXÕES DO OBJETIVO: REALIZAÇÃO COM ESTA PEDAGOGIA
a)      Compreensão desta realização.
    Compreendida esta realização de cada educando da espiritualidade como o estuário da chegada das correntes tributárias do 1º e 2º estágios que deságuam no grande mar sem fim de toda a vida futura das almas imortais.
    Esta realização social, profissional, empresarial e espiritual, já o educando em idade adulta, concluída sua formação integral2, atinge ele o remanso do conforto jubiloso das canseiras, dos esforços, e estudos; e da obediência e disciplina mantidas por cerca de 22/25 anos dessa formação humana.
E ce este ditoso remanso futuro que os educandos da espiritualidade podem espreitar desde o 2º estágio, da preparação, como a eficaz e decisiva motivação para os seus árduos esforços nas lides escolares dos três graus de ensino e, mormente, a sua dedicação ao próprio desenvolvimento espiritual.
—Além disso, na interface desta realização compreende-se esta como a atualização de expressivo segmento do potencial anímico desses educandos, limitado às oito perfeições espirituais em diuturno processo pedagógico de afloramento do fundo de suas almas.
b) AS CONQUISTAS (de objetivos)
    A realização dos educandos abrange um largo espectro de objetivos conquistados no 2º estágio, e agora usufruídos no 3º estágio, e que são:
    Conquista social. São os bons relacionamentos pessoais interessantes no ponto de vista moral, espiritual e social: boa comunicação, agradável diálogo, simpatia espiritual. Moral elevada, empatia desenvolvida e manifesta. Nesta conquista, ainda a convivência fagueira dos clubes recreativos e associações.
    Conquista profissional de acordo com a vocação e de bom nível, garantia de conforto e razoável segurança financeira e necessidades básicas atendidas. Proporcionando à família suficiente conforto (educação, alimentação, saúde, habitação, transporte, cultura3 e lazer). “Status” em progressiva ascensão mediante plano de carreira.
    Conquista empresarial. De qualquer nível: artesanal, modesto, médio ou elevado, se o educando conseguir assim estabelecer-se; ou então pelo exercício de profissões liberais: medicina, advocacia, engenharia, magistério, contabilidade, etc.



1Incapacidade de tomar decisões, ou de iniciar qualquer tarefa. Sem vontade.
2Escolar, cultural, profissional.
3Freqüência aos teatros concertos musicais, música pop, balés, óperas, etc.



    Conquista espiritual. Definida pela adoção de uma definida confissão formalmente religiosa, ou de sentido exclusivamente espiritualista. Em sadia convivência freqüente com as pessoas ou famílias confrades.
    Conquista da aposentadoria. O desfrute das prerrogativas de aposentadoria justa, na idade compatível. O entretenimento dos “hobbies”, e passatempos e esportes da idade. Possibilitando ainda as viagens turísticas tão divertidas e festivas. Conquista essa usufruída neste 3º estágio da realização, mas de mérito obtido nos afãs e desvelos dos estudos e fainas do longo 2º estágio aquisitivo da preparação.

2.8.2. CONEXÃO DA 1ª FUNÇÃO DA FORMAÇÃO DO HOMEM: A ORDEM
Inclusão. A preparação dos educandos no percurso do longo 2º estágio, escolar e aquisitivo, traz como conseqüência almejada e justa a inclusão dos educandos na ordem da sociedade organizada, civil, social e politicamente. O que lhes confirma a garantia deles como cidadãos.
Direitos e deveres! Eis as coordenadas da cidadania. Direitos sociais: educação, saúde, trabalho, segurança, previdência social, lazer, e proteção da maternidade, da infância, dos desamparados e idosos. Direitos políticos: votar, ser votado. Direitos gerais: à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, à propriedade, à crença, votar, serviço militar, pagar os impostos, respeito às leis.

a)      As oito perfeições espirituais concorrem para a harmonia da sociedade:
    Todas as oito perfeições potenciais do espírito dos educandos concorrem decisivamente para a harmonia geral da sociedade e na formação do educando-cidadão em desenvolvimento moral e espiritual:

 A caridade que reduz a pobreza, promove socialmente os pobres e incute esperança nos desesperados; combate o egoísmo, promove a solidariedade e sustenta a filantropia no coração dos educandos da espiritualidade.


 A indulgência que estimula o perdão, prestigia a brandura e dissemina a tolerância.


 A esperança que se opõe ao derrotismo e à desistência destacando o otimismo, a perseverança e a paciência que são as armas dos fortes e dos vitoriosos.


 A humildade que desarticula o orgulho inócuo e o substitui pela “resignação que é o consentimento do coração”, pela obediência que é o consentimento da razão” e pela modéstia que varre a vaidade das almas dos educandos.


 A justiça que leva à reparação das injustiças; à gratidão pelos favores e benefícios recebidos de outrem; à responsabilidade das ações praticadas varrendo a leviandade.


 A honestidade que enfrenta vitoriosamente o morbo social da improbidade, orientando os educandos para a não-apropriação do alheio, à economia e à incorrupção.


 A lealdade que elimina a traição, instituindo no coração dos educandos da espiritualidade a fidelidade, a amizade e a discrição.


 A veracidade que dissipa a mendacidade, a dissimulação e a hipocrisia e institui a sinceridade, a franqueza e a autenticidade.

2.8.3. CONCLUSÕES (da função ORDEM)
a)      PRIMEIRA CONCLUSÃO (da função ORDEM). Essas oito perfeições espirituais constituem a matéria prima da ordem social, incluindo nela todos os educandos que as desenvolvem em si mesmos, quando submetidos à aplicação da Pedagogia da Espiritualidade desde o 1º estágio na vida doméstica, sob a égide de seus educadores naturais, os seus genitores (Pedagogia 1). Posteriormente, no 2º estágio, no Ensino Fundamental (Pedagogia 2); transitando pelo Ensino Médio (Pedagogia 3); e culminando no desenvolvimento da espiritualidade pós-escolar, auto-aplicada pelo resto da vida até a passagem ao plano espiritual (Pedagogia 4).


1O de nº 1 é de aplicação doméstica no 1º estágio, com os pais como educadores da espiritualidade e pré-escolar.
2Mas não no curso superior.


E com mais evidência e manifestação, a inclusão social bem mais consciente desses educandos, já bem adultos, que adiantaram a sua formação humana nos limites, ainda estreitos, mas possíveis na existência reencarnatória considerada. Porém, que prossegue... até o “status” emitentíssimo de puro Espírito, este sim, o verdadeiro e indiscutível “Homo sapiens sapiens”1 que sabe e sabe que sabe (sapientíssimo e moralíssimo).
Com alguma licença ousada, mas também prudente admite-se que qualquer sistema pedagógico generalizado e qualquer outro processo que promova o desenvolvimento da espiritualidade humana já estaria iniciando a substituição do “Homo oeconomicus” atual, ainda carente de suficiente e necessário sentimento e marcado pelo intenso de conquistar o máximo de lucro econômico e financeiro, mas com o dispêndio de um mínimo de investimento e de esforço.
b)      SEGUNDA CONCLUSÃO (da função ORDEM). Destaque-se ainda que esta 1ª função da formação do homem, a ORDEM, está situada no 3º estágio (social e fruitivo) e não lhe é estranho. Porque esta ordem, além de social (inclusão, cidadania, direitos e deveres e urbanidade), é também fruitiva. Em razão de os educandos, que alcançaram este estágio (aos 22/25 anos), por força da inclusão e do “status” de cidadania serem usufrutuários dessa ORDEM civil, social, política, orgânica e harmônica. E cuja conquista aconteceu no 2º estágio pela Preparação, Disciplina e Esforço escolar intelectual e moral.
c)      TERCEIRA CONCLUSÃO (da função ORDEM). A articulação (1º/2º estágios ---à 3º estágio) de causa/efeito configura a motivação didática e pedagógica dos educandos da espiritualidade para o seu decisivo empenho pessoal no dispêndio dos esforços intelectual, moral e espiritual indispensáveis a esse usufruto futuro. E que deve ser bem e habilmente destacado pelo educador da espiritualidade, não eventualmente, mas durante todo o período de aplicação da Pedagogia da Espiritualidade. Por que? Resposta: porque durante todo esse período o esforço dos educandos deve ser permanente. E sem essa motivação de um futuro dadivoso e feliz o esforço não é feito.
    É verdade que o esforço moral para o bem não devia ser condicionado a uma recompensa imediata e nem futura. Como ensinou Kant, a prática do bem deve ser categórica: TU DEVES. E ponto final.
    Não obstante, esse proceder absolutamente incondicional (sem visar recompensa alguma) ainda será uma conquista tardia da evolução da humanidade. Mas já pontificava o Pe. Antônio Vieira no séc. XVII em seus sermões de grande sabedoria: “O verdadeiro bem encontra na sua própria prática o seu prêmio” Por isso, recompensar quem o pratica é premiá-lo duplamente por um só ato de bondade, e não dois.
    O homem pouco evoluído do passado só se contentava com recompensas materiais; hoje, aguarda os prêmios semi-materiais (láureas, honrarias, bem-estar físico, saúde, etc.); e está em evolução para a premiação espiritual; a fim de atingir o nível insuperável de não esperar nenhum galardão, nem mesmo a felicidade...

2.8.4. CONEXÃO DA 2ª FUNÇÃO DA FORMAÇÃO DO HOMEM, A FRUIÇÃO COM A PEDAGOGIA DA ESPIRITUALIDADE.
a)      SUBJETIVAÇÃO (da ORDEM). A 1ª função, a ORDEM, estampou uma conotação mais objetiva (o desfrute de uma vida social, política e urbana). A natureza dessa fruição è semi-material.
Comporta agora a contrapartida subjetiva, já na nota inicial da espiritualidade ou ensaiando-a.
O processo íntimo de internalização, por força do seu destino que é o íntimo do educando, ou a alma humana, já apresenta um metabolismo espiritualizante:
1º - a prática objetiva (externa) dos atos da perfeição posta em desenvolvimento promove a introjeção desses atos; 2º - a repetição deles em número suficiente metaboliza esse conjunto de atos em hábito, uma energia subjetiva no limiar do inconsciente por efeito cumulativo do automatismo psicológico que preside à formação desse hábito; 3º - iniciada assim a formação do hábito dessa perfeição em desenvolvimento, o educando passa a praticar essa perfeição cada vez com menos dificuldade e menor esforço moral e espiritual; 4º - estará assim inaugurando o início da formação (conquista?) pedagógica da perfeição almejada pelo educando e da qual tem o mérito moral e espiritual; 5º - A partir desse desfecho, o educando passa à fruição pessoal dessa árdua conquista e do deleite do proporcional incremento do sentimento mito parcial ainda da felicidade que já vinha sentindo muito parcialmente.
b)      RESSALVA. Poderá alguém perguntar: esse processo de internalização dos atos exteriores e conseqüente metabolização energética no almejado hábito estão cientificamente provados? Não. Não estão provados. Mas sim demonstrada a sua racionalidade, que é um procedimento filosófico. E ainda, aceito pelo senso comum e popular, que a repetição suficiente de atos da mesma natureza forma o respectivo hábito.
c)      OBJETIVAÇÃO (da Fruição)
    Fruição – Essa função final1 da formação do homem, tão fagueira e gratificante, é motivação admirável para todo e qualquer esforço de evolução espiritual, como o é a educação e o esforço que ela exige para os estudos e conseqüentemente procedimentos morais.
    A fruição se manifesta pelo enlevo3, transporte2 altamente gratificante dos esforços dispendidos anteriormente (nos 1º e 2º estágios).
    Sentimentos dessa fruição:

 conforto moral


 consolo e paz da religião


 bem-estar espiritual


 o regalo4 cultural


 as vivências íntimas de cada perfeição


 a segurança moral e espiritual


 a felicidade em grau proporcional


 a harmonia conjugal e doméstica


 o prestígio social legítimo


 etc.

    Toda essa fruição subjetiva é sustentada no complexo estrutural das oito perfeições espirituais em desenvolvimento: caridade, humildade, indulgência, esperança, justiça, honestidade, veracidade, lealdade, que conformam o catálogo curricular da Pedagogia da Espiritualidade.


1Final mas apenas em relação ao Quadro de Motivação para o Educando da Espiritualidade. O encerramento da formação do homem tem sido considerado o correspondente ao puro Espírito, que é o padrão que o Criador teve em vista ao criar os Espíritos humanos.
2Transporte, sensação de entusiasmo espiritual e de arrebatamento.
3Enlevo, encantamento, arroubo, um certo êxtase.
4Regozijo, contentamento. Presente, mimo, brinde.


CONCLUSÃO FINAL. Aqui se encerra o instrumento didático que recebeu a denominação de:

“MOTIVAÇÃO
PARA O EDUCANDO DA ESPIRITUALIDADE
PELA ESPERANÇA NA CONSTRUÇÃO DO SEU FUTURO,
COMPARADA ESTA FORMAÇÃO DO HOMEM COM A FORMAÇÃO
DE UMA ÁRVORE, E POR ISSO, CHAMADA DE
“ÁRVORE” DA ESPERANÇA”.

    Este instrumento é um recurso docente que, bem manejado pelo educador, com habilidade, objetividade e total compreensão, pode ele acolher a certeza de que esse recurso cumprirá o objetivo a que foi destinado com muita confiança moral:

MOTIVAR, ACIONAR OS EDUCANDOS PARA ADMIRAREM E APRECIAREM A PERFEIÇÃO ESPIRITUAL EM FOCO E PARA PRESTIGIAREM E VALORIZAREM AS PESSOAS QUE JÁ MANIFESTAM EM SI MESMOS ESSA PERFEIÇÃO PARA, FINALMENTE, QUEREREM ADQUIRI-LA E PRATICAREM OS ATOS CORRESPONDENTES.

    Porque a esses educandos, o educador lhes desvenda e limpa o futuro venturoso deles, mas que se lhes mostrava brumoso e toldado pelo pessimismo caliginoso da desesperança.
    Nesse futuro clarificado de luz e felicidade, concentra-se toda a força motivadora do presente instrumento.
    Todavia, condicionado esse futuro tão risonho e róseo quanto o almejado, a um passado do primeiro estágio doméstico de formação humana, marcado pela dependência sem revoltas, porém, sim como “consentimento do coração”; e a obediência aos pais como “consentimento da razão”. “Ambas como forças ativas” do espírito (EE – IX, 8).
Condicionado ainda ao 2º Estágio, o escolar, em que predomine a estudiosidade do educando em imbatível interesse em aprender e progredir intelectual e espiritualmente.
Vencendo galhardamente percalços e empeços de toda natureza. Principalmente, os de ordem íntima (preguiça, desânimo, cansaço anormal, impaciência, ignorância não combatida, auto-suficiência). E os impedimentos externos (prazeres, mundanismo, TV e internet abusivas, etc.).
Tudo isso em prejuízo dessa etapa de preparação pontuada pela disciplina e pelo esforço pessoal.


1“otium cum dignitate” “Descanso com os meios necessários para viver com decoro, tal era o ideal de um romano retirado da vida pública”.
“Essas palavras são em louvor das belas letras que proporcionam ao  homem de Estado, retirado à vida privada um nobre emprego de seu descanso”.
(do livro “Frases e Curiosidades Latinas” de Arthur Rezende).


Em resumo, a grande e profunda lição que fica, pairando altaneira e desafiadora sobre todo o arrazoado deste instrumento de motivação, para a aprendizagem da Pedagogia da Espiritualidade, é a Lição do Futuro. Este para ser gratificante, desfrutável, deleitoso, enfim, feliz, estará sempre umbilicalmente dependente do passado. O qual, na função de matriz e nutriz desse futuro bem-aventurado, é dignificado e merecido, esse passado, pelos árduos esforços pessoais de promoção do afloramento das perfeições espirituais que o espírito do educando pôde desenvolver dentro de si mesmo.
Até na física, “ciência que investiga as leis do universo no que diz respeito à matéria e à energia, que são seus constituintes, e suas interações1, verifica-se a dependência do futuro em relação ao passado. E para essa subordinação causal, os físicos lhe deram um nome técnico, histerese, para significar que propriedades físicas dependem de sua história anterior, do que foi feito no passado. Do mesmo modo, um futuro feliz, no processo de formação do homem no decurso da história de sua vida e do tempo, é conseqüência inevitável, do seu passado de desenvolvimento pedagógico (intencional, metódico e sistemático). Ou mesmo, também, desse desenvolvimento aleatório, ocasional das vicissitudes da própria existência. Mas em tempo muito mais dilatado e marcado por penosos e duradouros sofrimentos morais e físicos na seqüência de muitas reencarnações retificadoras.



1Do dic. Houaiss.

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